Muitos síndicos sofrem com a falta de pagamento por parte dos condôminos. Controle de inadimplência: saiba como fazer uma planilha para administrar condomínios inadimplentes no texto de hoje.
Inadimplência
Um dos principais desafios enfrentados pelos síndicos dos condomínios é lidar com condôminos inadimplentes. Isso porque, além de atrapalhar seu trabalho no prédio, prejudica quem paga as contas em dia, já que o empreendimento pode ficar com déficit de verba, e também porque os demais moradores podem se ver obrigados a pagar valores mais altos para cobrir o devedor.
Seja por problemas financeiros, ou por falta de responsabilidade, é raro o condomínio que nunca contou com um morador inadimplente. Independentemente dos motivos, essa realidade é um problema que cresce a cada dia.
Como reduzir a inadimplência
Primeiramente o síndico deve ter muita atenção com as arrecadações e taxas do condomínio, mantendo sempre uma boa organização das finanças. Assim ele terá sempre o controle dos gastos, e perceberá imediatamente se o empreendimento apresentar um déficit. Isso é muito importante para que ele possa agir imediatamente, evitando que a dívida cresça e se transforme em uma bola de neve.
Caso o regimento interno do condomínio não apresente regras em relação aos casos de inadimplência, o síndico poderá convocar uma reunião para estabelecer as medidas a serem tomadas e a definição das penalidades. Na reunião deverão ser levantadas questões como: após quantas mensalidades atrasadas deverão ser enviadas notificações; valor dos juros pelo atraso do pagamento; e a possibilidade de cobrança judicial.
Além disso, é muito importante que o condomínio tenha um fundo de reserva para questões emergenciais em momentos de crise.
Como fazer uma planilha para controlar a inadimplência
Através de uma planilha bem-feita, o síndico poderá analisar os dados dos moradores, receitas e despesas, fazer um balancete simples e, claro, controlar os dados dos inadimplentes.
– Cadastro: no cadastro poderão ser inseridos até 256 moradores, divididos em oito andares, sendo quatro apartamentos por andar. A planilha deverá ter um campo informando se o morador é inquilino ou proprietário.
– Prestação de contas: deverão ser criadas abas com os meses do ano. Em cada uma deverão ter o ano e o saldo anterior. As receitas e despesas deverão ser registradas e o somatório poderá ser feito automaticamente através de fórmulas utilizadas pelo programa no qual a planilha foi criada.
– Obrigações: também é importante que o síndico tenha uma planilha de obrigações. Os itens deverão ser informados juntamente com a periodicidade da necessidade de verificação pelo síndico. As datas da última e próxima verificações deverão ser anotadas e, caso alguma não seja realizada, deverá ser marcada como pendente. O contato do responsável pela verificação e demais anotações referentes ao serviço também deverão constar na planilha.
– Balancete: essa planilha é importante pois mostra a saúde do condomínio. Ao inserir os valores das contas do passivo, ativo e patrimônio líquido, será gerado um resumo com o resultado.
– Inadimplentes: a planilha de inadimplentes deverá ser bem organizada e necessita dos seguintes itens: nome dos moradores; apartamento; data da cobrança; data do pagamento; contato do morador. Além disso, ela deverá mostrar se houve ação judicial.
Pronto! Munido dessas planilhas o síndico estará sempre à frente de um possível problema. Ele saberá exatamente o que está faltando para o condomínio, os possíveis déficits, e todos os moradores inadimplentes. Assim ficará mais fácil na hora de cobrar as contas ou entrar com uma ação judicial.
Mas, caso precise cobrar desses inadimplentes, existem empresas específicas que fazem esse serviço. É o caso do escritório Baccin Advogados, que tem um setor especializado em cobrança. Entre em contato conosco!
E não deixe de acompanhar o texto da semana que vem, vamos falar sobre a cobrança judicial de condomínio, como ocorre e como é feito o pagamento.